segunda-feira, 26 de outubro de 2009

As Crónicas de um Muffin de Chocolate

Muffin. Um nome a fazer lembrar uma personagem do tão aclamado "Senhor dos Anéis". Este não dos anéis, mas senhor da pastelaria, com a sua forma de cogumelo de sabor intenso a chocolate, com textura suave e felpuda.
Ele é rebelde e macio no acto de amassar, mas obediente e fiel na hora de levar ao forno.
Em toda a sua envolvência demonstra orgulho da sua camada cremosa, como se do queque quisesse fazer troça.
Por isto e por muito mais é ele o Senhor dos Pastéis!
E foi assim, na sexta-feira dia 10 de Julho, que a turma EFA-Nível Secundário de Técnico de Cozinha e Pastelaria, celebrizou e prestou homenagem a este senhor, o já célebre Muffin de Chocolate!
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Exercício de Escrita e Cristividade em Cultura, Língua e Comunicação
por, Vítor Oliveira, formando turma EFA-NS Técnico de Cozinha e Pastelaria

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

A mediação escolar

O conflito como uma oportunidade de desenvolvimento


A escola é um espaço relacional, um local onde trabalham e convivem uma série de pessoas que se entrecruzam diariamente. A escola é igualmente um espaço que se insere e se encontra em ligação com um determinado contexto exterior, contexto este que também influencia o espaço escola.
Perante esta matriz de relações internas e externas à escola, manter a convivência entre todas elas não é tarefa fácil. A existência de conflitos é inevitável
às relações humanas, aos seus diversos contextos, na sociedade e no mundo profissional, e as escolas e centros de formação não são excepção.
Estes momentos de conflito não têm, no entanto, que ser vistos como algo negativo.


O conflito é um processo relacional em que se produzem inter-relações antagónicas, mas pode ser uma oportunidade de desenvolvimento e crescimento. G. Simmel (cit in Bonafe-Schmitt) refere-nos inclusive que o “conflito é uma forma de socialização que participa na estruturação das nossas sociedades”. «O facto de a paz significar a ausência de qualquer tipo de violências, não tem a ver com a inexistência dos conflitos. A paz nega a violência embora os conflitos façam parte da vida» (Jares cit in Simão & Freire, 2007).


A questão é que, na maioria das vezes, o conflito é percepcionado como negativo, como uma ameaça, algo que perturba e que, como tal, deve ser evitado. É também, muitas vezes, confundido com as suas possíveis consequências como a agressividade ou a violência. O conflito não tem, no entanto, necessariamente de degenerar em violência.
Quando tal acontece é porque houve um fracasso na transformação de um conflito como oportunidade de crescimento.


A forma como perspectivamos o conflito e como o encaramos é preponderante para a promoção da sã convivência (Torrego, cit in Pinto da Costa, 2008). Assim, a modificação da percepção negativa, adversarial e competitiva do conflito é um desafio a enfrentar pelos actores educativos. Trata-se de aprender a trabalhar com o conflito e não contra ele, aproveitar para saber resolvê-lo de forma conjunta e pacífica e a considerá-lo também como uma oportunidade pedagógica, como mais um elemento da aprendizagem dos alunos, útil para a sua vida presente e futura (Jares, Bonafe-Smith, Vinyamata, Boqué, cit in Pinto da Costa, 2008).


A utilidade e importância desta questão para os contextos educativos e para a promoção de uma educação para a convivência, tornam os princípios da mediação e especificamente da mediação escolar, extremamente relevantes no contexto dos cursos EFA igualmente. Os seus objectivos cruzam-se com os objectivos pedagógicos de promoção da cidadania, de uma aprendizagem democrática, contextualizada e de interrelação com a sociedade circundante. Cruzam-se também com a dimensão afectiva e cognitiva dos EFA, da sua equipa pedagógica e, especificamente, do papel dos mediadores EFA.

Continua...

Ana Almeida
Mediadora EFA