quinta-feira, 25 de março de 2010

Cidade ou campo? - CLC



Cultura, Língua, Comunicação.
Comentário relativamente à leitura de Narrativas e Poemas sobre a dicotomia Cidade – Campo.

Ao ler todo o conjunto de Narrativas e Poemas que me foram apresentados, visualizei, sumariamente, uma diversidade de perspectivas negativistas sobre a Cidade.
De todos estes textos, apreciei particularmente “O Papalagui”, dado que este transmite tal ideologia, mas de uma forma mais metafórica e subentendida, porém transparente e com uma evidência generalizada de toda a constituição e vivências de uma Cidade. Desta forma, sou obrigado a concordar com o panorama descrito pelo chefe dos índios, pois vivemos enclausurados num mundo de afazeres, sempre em constante movimento, perante a confusão e um ruído poluente que nos rodeia, adjacente a uma restrição de espaços descontraídos, puros e verdejantes na serenidade da natureza. Tal restrição é-nos implicitamente transmitida como uma realidade vivida pelo índio, sobrepondo a vida do “Campo” sobre a Cidade e caracterizando a Cidade como um habitat selvagem.
No entanto, a meu ver, apesar das controvérsias do meio em que na generalidade habitamos, ou seja, a Cidade, é na mesma que reside o desenvolvimento do Homem. Nela podemos encontrar diversos meios para evoluir culturalmente, novas oportunidades de sociabilização e maiores e melhores oportunidades de Emprego e Formação. Não poderia deixar de viver neste “meu mundo” por mais questionável que possa ser, porque nele criei as minhas raízes e dele precisarei para que se façam cumprir os meus objectivos de futuro.

Dário Gonçalves – Formando do curso EFA NS “Técnico de Cozinha/Pastelaria” (Porto)

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