TEATRO - Auto da Índia

Em Linguagem e Comunicação, estivemos a estudar o Texto Dramático. Aprendemos as origens do Teatro e conhecemos melhor o "pai" do teatro português, Gil Vicente. Também estudámos uma as suas obras: o "Auto da índia".

As Formandas Goreti e Glória escreveram acerca da peça:

É uma das peças de Teatro de GIL VICENTE, levada a uma cena em 1509 em homenagem à Rainha D. Leonor.

GIL VICENTE possivelmente nasceu em Guimarães no ano de 1465, tendo falecido em 1536, em Évora, onde está sepultado no Mosteiro de S. Francisco.

Diz-se ser o pai do Teatro Português, graças às suas obras. A farsa chamada "AUTO DA ÍNDIA" pode dividir-se em três partes:

1. A mulher (Constança) espera com ansiedade que o marido parta. A sua angústia só termina quando a Moça lhe traz a notícia da largada da frota.
2. O adultério. A mulher livre do marido, entrega-se a uma vida de prazer e luxúria, cometendo adultério com um castelhano fanfarrão e com o seu antigo pretendente chamado Lemos.
3. A expectativa da chegada. A mulher deseja que o marido não regresse. Mas isso não acontece. A Moça anuncia, há três anos, que a frota partiu e o marido termina assim o seu triénio de serviço. Aquando do seu regresso a mulher mente ao marido, conta-lhe uma falsa vida de tristeza e de saudade que teve durante a sua ausência.

De um modo muito geral e em jeito de síntese, pode-se concluir que esta peça procura criticar situações e comportamentos sociais tais como:

• Degradação moral da familia, traduzida no adultério, faclitado pela ausência prolongada dos maridos envolvidos na aventura colonial;
• Motivações egoístas e interesseiras da expansão ultramarina;
• Materialismo da sociadade, traduzido na busca de um enriquecimento rápido;
• Culto das aparências, com as pessoas a procurarem ostentar uma posição e uma riqueza que, de facto, não possuem.